terça-feira, 28 de junho de 2011

CÉREBRO NOSSO - ENTREVISTA SILVANA ALLODI


Entrevista com a professora da UFRJ Silvana Allodi que conta um pouco sobre sua carreira profissional e fala também da sua linha de pesquisa para o Cérebro Nosso.

ABERTURA - EU NEUROCIENTISTA


Abertura para a série de entrevistas do Cérebro Nosso.
Editado no Adobe Premiere CS5.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

BIOARQUITETURA: UMA MORADA NATURAL

Projetos sustentáveis buscam suavizar a agressão visual dos centros urbanos e proporcionar melhor qualidade de vida.

Os índios já faziam uso. As classes menos favorecidas fazem uso por necessidade. Mas atualmente estamos todos precisando mudar a paisagem urbana, reduzir o custo de vida, e claro, minimizar ao máximo os impactos ambientais – urgente!
Com a grande discussão do século XXI que envolve condições climáticas, sustentabilidade, desenvolvimento e segurança mundial, um antigo assunto, porém, pouco divulgado no Brasil e que teve início na década de 60, a Bioarquitetura ainda é um assunto bastante desconhecido, mas que provavelmente com sua aplicação mais propagada poderia ajudar o homem a viver uma vida mais saudável e harmoniosa com a natureza.
A Bioarquitetura é um segmento que trabalha junto à natureza na construção de imóveis com baixo impacto ambiental e custos reduzidos. A ideia é adequar à utilização de técnicas construtivas sustentáveis que envolvam tijolos (adobe), cimento queimado ou taipa de pilão. Além de matérias primas naturais recicláveis de fontes renováveis que não possam ser aproveitadas integralmente, bambu, palha e madeira reflorestada, ou proveniente do manejo certificado etc. Inclusive tende-se a evitar o alumínio devido ao impacto ecológico de sua fabricação. Algumas casas utilizam filtros biológicos (que filtram a água da chuva, nascentes e açuderes), telhado verde (uso de vegetação sobre a cobertura de edificações) e o Bason (sanitário seco que substitui o tradicional vaso sanitário).


Como forma também de valorizar a mão de obra e produtos locais a Bioarquitetura se agrega ao incentivo e economia da região contratando cooperativas e associações locais, minimizando a necessidade de transporte, o que reduz o custo da construção e a emissão de poluentes.

Agregando construções ecológicas, bioclimáticas e sustentáveis, a Bioarquitetura teve seu destaque nacional a partir de 1992 no evento Rio-92 durante a 2a Conferência Mundial para o Desenvolvimento e o Meio Ambiente, no RJ.

Os projetos de Bioarquitetura destacam: Integração com a natureza; utilização de produtos naturais e de baixo custo; conforto e qualidade interna dos ambientes; menor desperdício de matéria prima; uso de água da chuva e reaproveitamento das águas; uso de tecnologia de baixo impacto ambiental e de baixo custo; uso de material reciclável; gestão de resíduos sólidos usando o conceito das 3R (reciclar, reutilizar e reduzir); conforto; bem estar e  qualidade de vida entre outros.
Todo empreendimento passa por uma análise antes e após seu término afim de um melhor aproveitamento sustentável, adotando um melhor sistema de iluminação e ventilação naturais e equipamentos de energia renováveis como painéis solares para os chuveiros. Além de um sistema de captação de água da chuva e de reuso de água.
Porém, o custo de uma construção desse tipo pode ter sua desvantagem. O uso deste material reduz o custo do projeto, mas sua mão de obra pode se tornar cara por ser ainda muito especializada. Uma obra convencional pode ter seu valor 15% mais caro do que uma de Bioarquitetura.
Em muitos dos projetos são utilizados telhados orgânicos (com planta), jardins verticais e blocos feitos de terra crua. Além da utilização de taipa leve e pré-moldada, ferrocimento, fardos de palha, bambu entre outros.
Entre as soluções que envolvem a Bioclimática (adaptadas ao clima) temos o sistema de reuso e tratamento das águas e de economia de energia elétrica, que reduzem o custo das contas de água e luz. Mas é preciso primeiramente realizar um estudo para se saber que tipo de técnica utilizar, pois nem todos os ambientes são apropriados devido ao tipo de clima local.
Em São Paulo, as empresárias Juliana Boer e Maira Del Nero apostaram neste tipo de empreendimento. Desenvolveram o projeto “Construção Verde “que hoje está avaliado em R$100 mil. O objetivo é usar técnicas e materiais que não prejudiquem a natureza. “As pessoas que buscam um projeto mais sustentável vêm nos procurando assim com um aumento bem significativo dos últimos dois anos para cá", afirma Juliana Boer. Fonte www.criaarquiteturasustentavel.com.br.

O arquiteto paulistano Danilo Corbas provou que é possível difundir técnicas construtivas evidenciando o caráter ecológico com a criação do projeto “Casa Container”. O “protótipo”, que foi construído na fazenda Granja Vianna em SP se constitui de um container marítimo e possui diversos recursos ecológicos que geram uma economia significativa de recursos naturais e energia elétrica. Para Corbas o projeto não é um simples evento. “Nosso objetivo é contribuir, compartilhar tecnologias e ajudarmos a melhorar as práticas de nosso setor, fundamental no desenvolvimento de nosso país”. Mais informações no site http://projetocasacontainer.ad7comunicacao.com.br/
          
Este tipo de projeto já é aplicado Brasil afora há anos, mas apesar de possuir um custo econômico mais baixo, a Casa Container ainda precisa receber a aprovação visual e educativa da população brasileira já que é um novo modelo de residência. Também seria de extrema importância se o governo abraçasse logo essa ideia. E com certeza, a aplicação em massa da Bioarquitetura com responsabilidade e consciência das pessoas tanto nas grandes cidades quanto em outras regiões seria uma forma de alimentar visualmente e harmoniosamente os grandes centros urbanos com mais verde = vida.